17 de janeiro de 2012

A vida deles

Quando criança era chamada de "manteiga derretida" porque chorava muito fácil, não por manha, mas por qualquer coisa: dôr, pena, saudade, alegria... Choro de lágrimas, rosto vermelho e de nariz entupido mesmo!
Mesmo depois de adulta este lado emotivo  não foi suficientemente amadurecido.
Acolhe, dá abraço e não chora junto com quem sofre e precisa de acalento, mas chora em despedida, homenagem, até em filme, desenho, programa de TV... estas bobagens que vão da ficção ao choro de alegria de alguém que recebe um presente há muito esperado.
Na vida real, no trabalho, no lado duro, mantém-se uma rocha, não permite que ninguém a faça chorar em público, nem que para isto leve o choro para desabar em casa, aliás casa é o lugar certo para chorar!
Longe de olhos curiosos ou repreendores...
Mas chorar assim lava a alma? Quando? Em que momento?
Acho que a alma precisa é de um banho de energia, de coisas positivas, não de um choro...

Mas e a vida deles?
Em que momento a vida deles pode lhe afetar tanto assim?
Por que chorar pela fictícia vida de quem sofre uma perda?

Ah! É difícil não sentir empatia ou mesmo compaixão pelo sofrimento por uma perda...
Ser emotiva, mas já pensando na dureza que a vida vai ser dalí em diante, ou nas mudanças e guinadas que a vida vai dar...

O coração de uma manteiga derretida não resiste e chora assim de vez em quando...

Um comentário:

Livia Luzete disse...

Eita coisa que faz essa rocha aqui minar água são os filmes/desenhos da Walt Disney.